Programa

A Chapa 2 - VaMOS Juntos - apresenta aos jornalistas catarinenses as propostas e o programa político que defendemos para o nosso sindicato. São propostas construídas a partir de amplos debates com vários jornalistas, de todas as regiões do estado e de todas as áreas de atuação. 


PROGRAMA PARA A GESTÃO 2011-2014
(Aberto a novas propostas, sugestões, modificações)

As aceleradas transformações no mundo do trabalho e na profissão de Jornalista, especialmente em função das novas tecnologias, vêm provocando mudanças no fazer, nos paradigmas e nas relações de trabalho cada vez mais precarizadas. Um cenário que têm exigido do movimento sindical uma busca permanente por alternativas que garantam não apenas avanços aos trabalhadores, mas gestões com disposição e capacidade de dialogar com as categorias, debater este processo e seus impactos no mercado de trabalho, bem como apresentar propostas que preservem os direitos e a dignidade das profissões. 


E isso é exatamente o oposto do que faz a atual diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Santa Catarina. Nosso Sindicato, nos últimos anos, divorciou-se de grande parte da categoria, burocratizou-se e, de maneira espantosa, tem sido aparelhado por posições políticas particularizadas. Uma gestão marcada pela falta de firmeza na implementação de uma plataforma de ação dos jornalistas e baixa capacidade de articulação política com as lutas mais amplas por direitos da classe trabalhadora.

Nosso piso salarial é um dos mais baixos do país e se avolumam, nos locais de trabalho, muitos outros problemas e desrespeitos aos direitos dos profissionais, para os quais o SJSC ou nem toma conhecimento ou inventa soluções desconectadas, sem ouvir a categoria.

Todas essas práticas são estranhas à história recente do movimento sindical dos jornalistas catarinenses que, desde meados dos anos 80, vinha buscando consolidar um Sindicato com total independência de governos, partidos e empresas. E vinha conseguindo: nesse período, com ampla participação e envolvimento de pelo menos duas gerações de jornalistas, as gestões anteriores do SJSC romperam com o então modelo sindical vigente, criaram e filiaram a entidade à CUT e enfrentaram os efeitos nocivos da onda neoliberal a partir dos anos 90. Lutamos, ao lado de milhares de outras categorias de trabalhadores em todo Brasil, pelo direito de livre organização e contra o vigoroso movimento internacional de flexibilização de regras e contratos de trabalho. Inovamos em campanhas e práticas de comunicação e na promoção de encontros e eventos.

Também nesse período, os jornalistas catarinenses, organizados no seu Sindicato, tornaram-se referência nacional na luta pela democratização da comunicação. Nossa entidade esteve na linha de frente na defesa da regulamentação profissional e de um ensino de qualidade. Enfim, as gestões anteriores do SJSC construíram uma sólida reputação, sustentada na representatividade e na combatividade tanto nas questões específicas da categoria como na participação ativa nas batalhas gerais da sociedade brasileira .

Mas todo esse patrimônio tem sido desconsiderado e literalmente apagado pela atual direção do SJSC.

Nós, da Chapa 2, defendemos um Sindicato que resgate o sentimento de orgulho por integrar o quadro de associados da entidade. Um Sindicato que respeite e valorize as divergências e diferenças, mas que não abra mão da unidade da categoria. Um Sindicato que seja combativo em suas posições políticas, mas que rechace qualquer forma de usos particularizados e sectarismo.

Defendemos um Sindicato que esteja presente no cotidiano das redações, assessorias e escolas, em todos locais de trabalho de todas as regiões do Estado e que volte a estimular ações culturais e de congraçamento. Um Sindicato que faça a reconciliação com o passado, mas que também tenha foco no futuro, para, por exemplo, incluir um número imenso de jovens que estão ingressando na profissão e não são estimulados a participar do sindicalismo que pode fazer a diferença no seu exercício profissional. Que seja, finalmente, um SINDICATO por, de e para TODOS, radicalmente DEMOCRÁTICO e que avance na defesa do jornalismo e da profissão, sem jamais abandonar princípios de solidariedade e companheirismo entre os trabalhadores.

Por essas razões e motivos, estamos disputando estas eleições e apresentando nossas propostas e compromissos para uma nova, democrática e transparente gestão à frente do SJSC. Convidamos todos os jornalistas de Santa Catarina a se juntarem a nós.

VAMOSJUNTOS, 
MUDAR O SINDICATO e A SITUAÇÃO DOS JORNALISTAS CATARINENSES,
FAZER O SINDICATO DOS JORNALISTAS PARA OS JORNALISTAS! 

NOSSOS COMPROMISSOS

Mudar a ação sindical e trabalhista!
Por melhores condições de trabalho e salários, relações trabalhistas e fiscalização

Santa Catarina é reconhecido como um Estado que forja bons profissionais de jornalismo, mas também conhecido pela sua aviltante remuneração. Já tivemos o maior piso salarial da categoria no Brasil. Hoje amargamos o quarto pior - R$ 1.395,68 – enquanto o mais alto piso -  R$ 2.324,05 – é dos jornalistas de Alagoas. Atualmente também não contamos, no SJSC, com uma ação sindical efetiva para as negociações salariais e demais condições de trabalho. Assim como não encontramos, na nossa entidade, claras e firmes políticas sindicais para a saúde, a previdência, entre outras demandas dos jornalistas catarinenses. Por exemplo, a atual direção do SJSC, ao contrário de vários outros sindicatos do país, não encaminhou nossa participação no FENAJPREV, um plano de previdência COMPLEMENTAR de adesão voluntária.  É uma opção, muito mais em conta, aos jornalistas catarinenses que pretendem ter uma aposentadoria complementar e que hoje dependem exclusivamente das alternativas oferecidas pelo mercado financeiro. A decisão de implementar um plano próprio de modo algum impede ou contraria a luta dos jornalistas e de todos os trabalhadores por uma previdência pública, universal e de qualidade.

VAMOS JUNTOS, com a Chapa 2:
- lutar por um piso salarial que volte a ser um dos maiores do país;
 - defender que todos os segmentos recebam este piso, inclusive as assessorias; - buscar solução para jornadas de trabalho praticadas em desacordo com a legislação; - fortalecer a atuação sindical nas negociações salariais;
- batalhar pelo respeito ao trabalho dos assessores de imprensa, buscando solução para seus problemas como o acúmulo de função e a jornada extenuante, além do cumprimento do piso salarial;
 - apoiar os jornalistas microempresários na luta pela inclusão de suas empresas no Simples e na redução da alíquota de ISSQN para as microempresas de jornalismo de 5% para 1%;
- discutir Plano de Carreira para o jornalista no serviço público e também nas empresas privadas;
- alterar a tabela de “frila”do SJSC com a aproximação dos valores praticados pela tabela utilizada pela FENAJ;
- lutar pela melhoria do sistema público de saúde e ao mesmo tempo, desenvolver um trabalho de prevenção e tratamento da saúde ocupacional do jornalista catarinense, com ampliação de convênios e outras soluções específicas;
- chamar assembléia geral da categoria para propor a adesão ao FENAJPREV, um plano de previdência COMPLEMENTAR de adesão voluntária;
- combater a precarização das relações de trabalho, expressa na terceirização, pejotização e outras formas de sonegação dos direitos dos trabalhadores;
- denunciar e combater o assédio moral, o assédio sexual e todo o tipo de preconceito;
- denunciar e combater a violência contra os jornalistas, incluindo a censura imposta pelos próprios meios de comunicação;
- negociar a extensão de plano de saúde a todos os funcionários de um mesmo grupo empresarial; - realizar ampla e expressiva campanha de sindicalização. Levaremos o Sindicato aos locais de trabalho para sindicalizar e estimular a participação;

Avançar na defesa do Jornalismo e da Profissão!
Pela Regulamentação, Formação, Atualização e Ética profissionais

Conscientes de que estas são questões também fundamentais para a dignidade, a organização e a manutenção da nossa profissão, os jornalistas catarinenses têm histórico envolvimento com a formulação e a defesa da regulamentação profissional, da necessidade do diploma e de uma formação qualificada em Jornalismo. O Programa Nacional de Qualidade do Ensino foi formulado principalmente a partir de Santa Catarina. A Cátedra FENAJ de Jornalismo pela cidadania começou aqui no nosso estado. Muitos de nossos profissionais estão entre as referências nacionais da consolidação da profissão, do conhecimento e da ética no Jornalismo.  E a produtiva e sólida relação que anteriormente o SJSC construía com o segmento acadêmico, sofre hoje ou por ações autoritárias da atual diretoria ou pela sua alienação quanto a essencial necessidade de atuar em conjunto com professores, estudantes e escolas. Na defesa da regulamentação, não só deixou de participar ativamente do movimento como passou a desrespeitar posições e deliberações nacionais dos jornalistas. Por exemplo, hoje é a atual diretoria, com base em critérios individualizados, subjetivos e não transparentes, que decide quem é ou não jornalista e pode sindicalizar-se. Diante das transformações e ameaças enfrentadas pela nossa profissão na contemporaneidade, também é preciso que o Sindicato volte a promover ações efetivas para a atualização e capacitação profissionais

VAMOS JUNTOS, com a Chapa 2:
- retomar a defesa intransigente da profissão, da regulamentação e do diploma, voltando mobilizar e participar com mais força dos movimentos, de imediato da campanha pela aprovação das PECs;
- buscar soluções para as questões de sindicalização em consonância com a FENAJ, demais Sindicatos do país e as decisões democráticas e representativas da categoria;
- implantar e avançar em ações para as tão necessárias capacitação e atualização profissionais frente à nova realidade do Jornalismo e do seu exercício, por meio de cursos, palestras, seminários, debates. Para isso, entre outras iniciativas, reativar e reforçar a Escola do Jornalista e a Cátedra FENAJ no estado e também ampliar convênios e parcerias;
- organizar o Núcleo de Webjornalismo e Novas Tecnologias para reunir os profissionais desta área de todo o Estado;
- atuar para que as empresas ofereçam as condições e os equipamentos necessários ao  desenvolvimento do trabalho do webjornalista, especialmente em coberturas fora das redações;
- fomentar discussões em torno do empreendedorismo no Jornalismo, focando no desenvolvimento e na gestão de produtos e serviços para o segmento online, abrindo novas frentes de trabalho em toda Santa Catarina;
- organização de um e-book colaborativo sobre jornalismo e novas mídias com foco no mercado catarinense, destacando formação, boas práticas e novas oportunidades;
- reativar e fortalecer os Núcleos de Assessores de Imprensa e dos Jornalistas de Imagem;
- promover regularmente, sempre criando condições para a ampla participação de toda a categoria, o Congresso Estadual dos Jornalistas, ao contrário do que vem fazendo a atual direção que busca dificultar a presença da maioria dos jornalistas;
- e a exemplo de vários outros sindicatos do país, começar promover regularmente também o Encontro Estadual de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (preparatório ao nacional ENJAC) e Encontros de Jornalistas de Imagem;  
- retomar e fortalecer a participação do SJSC na APIJOR (Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas). A atual direção do SJSC se afastou da APIJOR, embora o Sindicato tenha sido um dos fundadores da entidade que, criada em 2000, desde aquele ano vem desenvolvendo um grande trabalho em defesa dos direitos autorais dos jornalistas;
- criar outros Núcleos Temáticos para o debate e articulação de temas e profissionais de áreas como Jornalismo Ambiental/Ecojornalismo; Gênero, Raça/Etnia;
- resgatar e reforçar a relação e as parcerias do Sindicato com o segmento acadêmico;
- instituir a pré-sindicalização dos estudantes.

Recuperar o papel dos jornalistas catarinenses nas grandes causas democráticas!
Pelo fortalecimento do SJSC no cenário nacional 

Jornalistas são parte integrante do conjunto dos trabalhadores brasileiros e como tal, têm a tarefa histórica de lutar pela transformação da sociedade. Por isso, além das nossas questões específicas, temos como pauta também o compromisso e o envolvimento com as batalhas dos demais segmentos sociais e as grandes causas democráticas do país.  Os jornalistas catarinenses têm cumprido esta pauta, inserindo-se ativamente nas lutas sindicais e sociais do país de combate e enfrentamento de políticas perversas de desmantelamento da sociedade organizada. Também sempre fomos referência nacional na luta pela democratização da comunicação. Não por acaso, o FNDC foi forjado no Congresso Nacional dos Jornalistas em 1990, em Florianópolis. Mas o nosso Sindicato, nas mais recentes gestões, vem desconectando-se das lutas nacionais dos jornalistas, inclusive daquelas que envolvem temas gerais de interesse da sociedade.

Queremos voltar a fortalecer o SJSC no cenário nacional, reaproximando-o das pautas importantes para os jornalistas, o Jornalismo bem como para o avanço da democracia e dos direitos de todos os trabalhadores. Isto com uma gestão comprometida em participar da construção de espaços de articulação das lutas específicas da categoria com as lutas gerais sindicais, sociais e populares. Espaços construídos no entendimento e aceitação da diversidade de pensamento, da pluralidade de posições e da realidade heterogênea do país para a busca da unidade. O respeito a essa compreensão (hoje deixada de lado pela atual gestão) significa fortalecer o conjunto dos jornalistas, pois somente a unidade irá garantir a recuperação de direitos históricos e novas conquistas.

VAMOS JUNTOS, com a Chapa 2:
- fortalecer e intensificar a integração do SJSC junto à FENAJ e ao movimento sindical nacional, com participação ampla e ativa nos espaços e fóruns como o Conselho de Representantes da Federação, os Congressos e eventos, as lutas e ações nacionais;
- fortalecer e intensificar a participação do SJSC no Comitê pela Democratização da Comunicação SC (FNDC);
- lutar pela implementação das deliberações da histórica I Confecom. No estado, de imediato promover amplo movimento pela instalação do Conselho Estadual e dos Conselhos Municipais de Comunicação;
 - candidatar Santa Catarina a sediar um dos próximos Congressos Nacionais dos Jornalistas (o último realizado aqui no Estado foi há mais de 20 anos, em 1990);
- garantir a inserção do SJSC na política geral do país, pautada na nossa diversidade e pluralidade.

Mudar a gestão sindical e fazer o SJSC chegar a todo o Estado!
Por um Sindicato para todos os jornalistas de Santa Catarina 

Precisamos fazer com que nossas gestão e ações sindicais efetivamente beneficiem o conjunto dos jornalistas de Santa Catarina e cheguem a todo o Estado, mesmo os locais mais distantes da capital. E a gestão do SJSC deve ser radicalmente democrática, transparente, sem quaisquer diferenciações, levando em conta a diversidade e a pluralidade da categoria, assim como suas novas demandas e necessidades em função das transformações do Jornalismo e do seu fazer. Ter, por exemplo, uma comunicação com a categoria e mesmo o público externo que dê conta da atual realidade.  

VAMOS JUNTOS, com a Chapa 2:
- criar espaços de organização e integração de TODOS os jornalistas no Sindicato. Entre outros, promover espaços de formação e debates sobre questões importantes do Jornalismo e das políticas de Comunicação, além de atividades sociais nas mais diversas regiões do Estado para propiciar a integração;
- garantir e ampliar a comunicação do SJSC por meio do site,  jornal impresso, boletins informativos e redes sociais;
- discutir criação de estruturas físicas do SJSC inclusive nas regiões mais distantes de Florianópolis;
- retomar o rodízio dos locais das reuniões de diretoria, levando-as também a outros municípios;
- aumentar a presença de representações por meio das vagas de delegados sindicais;
- criar novos prêmios de Jornalismo alcançando também as categorias impresso, vídeo, rádio, internet, além de ampliar o prêmio de fotografia Olívio Lamas;
- também desenvolver prêmios para os estudantes de Jornalismo;
- reativar o projeto Ronda que tem como objetivo mostrar o trabalho criativo de jornalistas (música, poesia, teatro) em encontros previamente agendados em vários locais do Estado;
- promover a reforma estatutária;
- realizar um censo da categoria, contribuindo e participando ativamente da pesquisa em desenvolvimento pela FENAJ em todo país com a parceria dos sindicatos de jornalistas brasileiros.

Este Programa está em permanente construção,
aberto a novas propostas, sugestões, modificações.

Participe!

Também estamos no Facebook: www.facebook.com/VamosJuntosChapa2
E no Twitter: @VoteChapa2_SJSC