sexta-feira, 29 de julho de 2011

É presidente ou é candidato?

A recente decisão monocrática do presidente do Sindicato de dificultar o pagamento de mensalidades atrasadas, além de literalmente atropelar a Comissão Eleitoral, chama a atenção para um detalhe significativo: o atual presidente desde o último dia 18 também é candidato ao TERCEIRO mandado consecutivo. Por essa razão, deveria, no mínimo, abster-se de continuar tomando medidas que evidentemente o beneficiam na condição de candidato ao TERCEIRO mandato e interferem indevidamente na condução do processo eleitoral.

Mas não é apenas isso. Para pelo menos manter a aparência de um processo eleitoral transparente e com igualdade de condições para as duas chapas, seria conveniente o afastamento do exercício da presidência até a confirmação do resultado da eleição.  É certo que o atual presidente e sua assessoria irão alegar que o Estatuto é omisso e não exige a licença do cargo. Mas, mais uma vez, não se trata de um debate exclusivamente normativo, sustentado na burocracia. O que se espera é uma postura isenta, pautada por princípios éticos.

Aliás, é bom lembrar a todos os integrantes da chapa do continuísmo que funcionários, equipamentos, assessorias, ou seja, todos os recursos humanos e materiais do Sindicato não são de propriedade e uso da Chapa 1. São patrimônio de TODOS os associados. Parece óbvio, mas as práticas dos últimos dias apontam justamente na direção de uso indiscriminado da máquina, desequilibrando absurdamente a disputa. MUDA SINDICATO!

Leonel Camasão

Jornalista, candidato SEM MÁQUINA da Chapa 2

terça-feira, 26 de julho de 2011

ELEIÇÕES: Termina nesta sexta o prazo para regularizar situação junto ao Sindicato

Encerra-se na próxima sexta-feira, dia 29, o prazo para os filiados se colocarem em dia junto à Tesouraria do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina. Uma das condições para votar nas eleições da categoria, nos dias 25 e 26 de agosto, é estar com as mensalidades quitadas até o mês de julho. Desde segunda-feira, 25, não é mais possível fazer novas sindicalizações para integrar o colégio eleitoral. 

Para obter informações sobre a sua situação ou solicitar o boleto, basta enviar um e-mail para jornalistas@sjsc.org.br ou diretoria@sjsc.org.br ou telefonar para o SJSC: (48) 3228-2500.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CARTA ABERTA

Carta aberta à FENAJ, aos Sindicatos de Jornalistas do Brasil, jornalistas e movimento sindical de Santa Catarina.

Companheiros(as):
O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC) realiza nos dias 25 e 26 de agosto próximo eleições para renovação da Diretoria. Descontente com os rumos que o Sindicato tem tomado nos últimos anos, distanciando-se da categoria e aproximando-se de interesses externos e estranhos aos dos jornalistas, um grupo de profissionais articulou-se para apresentar uma chapa alternativa à atual direção: “VaMOS juntos”, liderada pelo jornalista Valmor Fritsche.
No dia 10 de junho, em assembleia geral, a entidade definiu o processo eleitoral – exclusivamente pela internet – e formou a comissão eleitoral. O resultado da votação que definiu a eleição exclusivamente pela internet, proposta da atual diretoria, foi 29 a 26. Com essa diferença de três votos (há pelo menos três casos de presença irregular na assembleia), a comissão eleitoral foi formada com associados indicados, na sua maioria, pela atual direção do Sindicato.
A Chapa 2, de oposição, preocupada com a desorganização da secretaria da entidade e com recentes decisões da comissão eleitoral e dos atuais diretores, que apontam para a possibilidade de um favorecimento inadmissível aos que hoje controlam o SJSC, vem a público denunciar as seguintes situações inaceitáveis, sob qualquer ponto de vista:
1. Na assembleia geral que elegeu a comissão eleitoral e definiu o processo, todos os presentes assinavam uma listagem de associados supostamente regularizados e em dia com a Tesouraria, como prevê o Estatuto. Uma colega (o nome foi denunciado junto ao Ministério Público), por exemplo, assinou e votou na proposta da atual direção do Sindicato. Documento oficial do Ministério do Trabalho e Emprego prova que essa colega só obteve seu registro profissional (condição essencial para a sindicalização) cinco dias após a assembleia. Sua sindicalização de fato só foi realizada no dia 28 de junho.  O nome dela de modo algum poderia constar de uma lista de sindicalizados emitida pela Secretaria do SJSC 18 dias antes. Ou seja, a atual direção maquiou a lista de sindicalizados e foi conivente com outras irregularidades na mesma assembleia (também denunciadas ao MP) e até mesmo patrocinou uma ilegalidade.
2. A comissão eleitoral decidiu, por maioria, que as chapas só poderiam concorrer se apresentassem a relação completa de candidatos para os cargos em disputa. Se um dos nomes fosse impugnado, toda a chapa seria inviabilizada. Essa regra contraria uma norma tradicional nas eleições sindicais que estabelece o parâmetro de validação da inscrição da chapa que tenha, pelo menos, dois terços das candidaturas viabilizadas. A Chapa 2 fez recurso. Com base num parecer da assessoria jurídica do Sindicato, o recurso foi rejeitado. Para os advogados, diretores e maioria da comissão eleitoral, o Estatuto obriga a apresentação dos 30 candidatos. Há três anos, a atual diretoria apresentou apenas 27 nomes para a eleição, com edital baseado no mesmo Estatuto e analisado, certamente, pela mesma assessoria - http://www.sjsc.org.br/downloads/pj51red.pdf. Pergunta: a diretoria atual do SJSC vai admitir que infringiu deliberadamente o Estatuto e se auto declarar impugnada?
3. Noutra manobra para dificultar a inscrição da Chapa 2, a comissão eleitoral e a direção do Sindicato disponibilizaram a ficha oficial de qualificação de candidatos no site da entidade somente no dia 14 de julho de 2011, ou seja, faltando dois dias úteis para o prazo final de inscrição dos candidatos – uma tarefa difícil se considerarmos a necessidade de coletar as assinaturas dos colegas em diversas regiões do estado e remeter o documento de volta à sede do Sindicato, em Florianópolis.
4. A comissão decidiu que o colégio eleitoral será fechado em julho. Essa regra impede a participação de jornalistas que recebem seus proventos até o quinto dia útil e pagam a mensalidade sindical na sequência. Não está esclarecida também a situação de boa parte da categoria que tem desconto direto em folha. Nesse caso, qual o mês a ser utilizado como referência: junho ou julho?
5. A direção do SJSC tem adotado nos últimos meses critérios diferenciados na cobrança de mensalidades em atraso. Dezenas de jornalistas em situação exatamente igual recebem orientações conflitantes e totalmente distintas. Há casos de sócios que receberam três ou quatro respostas do Sindicato totalmente diferentes, para a mesma consulta.
6. As listagens de associados são desorganizadas e há indícios de que a atual direção estaria inflando artificialmente e irregularmente o colégio eleitoral.
7. No dia 18 de julho, último dia de inscrição de chapa, o atual presidente – que vai concorrer ao terceiro mandato consecutivo – tirou da cartola mais uma exigência aos candidatos da oposição: o pagamento do combalido imposto sindical, além da mensalidade. Não se conhece nenhum outro sindicato que exija tamanho absurdo.
8. Por último, informamos que, em virtude da decisão de realizar a eleição exclusivamente pela internet, a Chapa 2 – “VaMOS Juntos” buscará junto ao Ministério Público, ou mesmo à Justiça, a garantia de que todo o processo eleitoral, inclusive a elaboração de lista de eleitores, seja auditado externamente e por profissionais de reconhecida qualificação. Especialistas têm alertado que eleições através da rede mundial de computadores exigem, necessariamente, inúmeras cautelas, entre elas a auditoria externa, certificada e independente.

 Florianópolis, 21 de julho de 2011.
VaMOS Juntos – O Sindicato dos Jornalistas para os Jornalistas

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um é bom, dois é demais, três é uma ameaça e um abuso

A anunciada candidatura do atual presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina para um terceiro mandato não é propriamente uma surpresa, mas significa uma séria ameaça à recente história de democracia no SJSC e é uma prova inequívoca de abuso do exercício do poder.
A perpetuação de lideranças nos mesmos cargos não é estranha ao movimento sindical dos jornalistas. Mas, ao longo do tempo, especialmente a partir da oxigenação dos conceitos e práticas sindicais que envolveu todo o sindicalismo brasileiro, iniciada na metade dos anos 80, do século passado, passou a ser questionada e, inclusive, denunciada como um desvio e um vício.
Não se trata de rejeitar a participação de nossas lideranças que tanto nos custam formar e qualificar. Tenho certeza que o atual presidente poderia encontrar outra forma de colaborar com o seu grupo, que não seja encabeçando a chapa.  Na Fenaj, por exemplo, por decisão da categoria em Congresso Nacional, não se obstrui a participação. Impede-se, de forma salutar, que o mesmo candidato concorra ao mesmo cargo, uma terceira vez seguida.
Essa regra é muito boa do ponto de vista pessoal, e melhor ainda para a entidade e para a categoria.  Sei, por experiência própria, que o segundo mandato já é, de certa forma, uma prorrogação.  Existe ainda o aspecto da vida pessoal e, principalmente, o lado profissional, com o afastamento prolongado do mercado de trabalho.
Normalmente recorre-se a uma falácia: o sacrifício é justificado pela ausência de outra liderança.  Na verdade, sufoca-se a renovação por razões particularistas e motivos muitas vezes inconfessáveis. Quase sem exceção, o terceiro (ou mais mandatos) costuma ser um desastre do ponto de vista administrativo e das ações sindicais e aponta para uma deformação inaceitável do processo político nas entidades e organizações sociais.
Infelizmente muitas lideranças que se identificam como de “esquerda” encontraram nos sindicatos uma forma confortável de sobrevivência. Viabilizam, às vezes sem o conhecimento da categoria, a segurança e as condições de trabalho que jamais vão encontrar no mercado.  A dedicação exclusiva às entidades é louvável e não pode ser uma profissão de fé.  Mas a efetivação dosindicalista profissional é o resultado de um processo de mutação de valores e princípios caros aos trabalhadores, e que foram abandonados e substituídos pelo afrouxamento dos padrões éticos que costuma acompanhar o chamado sindicalismo de resultados. E o que é pior, parece, pra muita gente, absolutamente natural.
O atual presidente pretende um terceiro mandato na presidência.  Mais três anos, ou seja, nove anos. Por quê? A resposta da burocracia será: o estatuto permite. Então, porque não um quarto mandato, um quinto..... Muda Sindicato!
Sérgio Murillo de Andrade
Ex-presidente da Fenaj, ex-presidente do Sindicato. Candidato a diretor na chapa VaMOS Juntos.

Chapa 2 - O Sindicato dos Jornalistas para os Jornalistas

Oficializada na última segunda-feira, 18 de julho, a inscrição da chapa de oposição “Vamos Juntos” do MOS – Movimento de Oposição Sindical - para as eleições da nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, que ocorrerá nos dias 25 e 26 de agosto.

Para o jornalista Valmor Fritsche, candidato a presidente,  “a  Chapa 2 oferece aos jornalistas uma alternativa ao continuísmo e ao marasmo em que se encontra o nosso sindicado, hoje preso a interesses estranhos à categoria e posições políticas particularizadas”.

Ainda nesta semana será realizado o planejamento da Chapa 2, onde serão definidos o programa e as estratégias de campanha. Para os integrantes do MOS, o clima tem esquentado a cada dia, com a conquista de um número expressivo de jornalistas que defendem um sindicato mais atuante, que lute pela categoria.

Defendemos uma entidade combativa, presente no dia-a-dia das redações e assessorias, em todas as regiões de Santa Catarina, que valorize o passado, mas olhe para o futuro e saiba propor alternativas para os conflitos gerados com o uso de novas tecnologias.

Condições de trabalho e salários, aprimoramento das relações trabalhistas, regulamentação da profissão, atenção à saúde dos jornalistas, liberdade de expressão, democratização da comunicação, apoio e participação nos movimentos sociais são alguns dos eixos a serem amplamente debatidos com a categoria.




* Somos uma chapa democrática, livre e plural e estamos abertos a sugestões. Envie seu e-mail para jornalistas.sc@gmail.com e diga o que você espera da nova direção do SJSC. 


Conheça os integrantes da chapa 2
“Vamos Juntos - O Sindicato dos Jornalistas para os Jornalistas”

Diretoria Executiva


Presidente – Valmor Fritsche – Florianópolis
Vice-presidente – Valci Zuculoto – Florianópolis
Secretário-Geral – Leonel Camasão – Joinville
1ª Secretaria – Vera Gasparetto – Florianópolis
Tesoureira – Cris Mohr – Florianópolis
1ª Tesoureira – Veruska Tasca – Chapecó
Suplentes
Fabrício Porto – Joinville
Danúbia de Souza – Blumenau
Sirliane Freitas – Chapecó
Herminio Nunes – Florianópolis
Alexandre Gonçalves – Florianópolis
Ivan Giacomelli – Florianópolis

Comissão de Comunicação e Eventos


Titulares
Janine Koneski de Abreu – Fpolis
Lilian Simioni – Chapecó
Marcelo Passamai – Fpolis
Suplente
Linete Martins – Fpolis

Comissão de Sindicalização e Registro Profissional


Titulares
Ricardo Medeiros – Florianópolis
Sérgio Murillo de Andrade – Florianópolis
Daniela Torbes – Joinville
Suplente
Adriane Canan – Florianópolis

Conselho Fiscal


Titulares
Celso Vicenzi – Florianópolis
Irene Huscher – Blumenau
Vagner Dalbosco – Chapecó
Suplentes
Alexandre Gonçalves – Blumenau
Caê Martins – São José
Prisco Paraíso – Florianópolis

Delegação ao Conselho de Representantes da FENAJ


Titulares
Tânia Machado de Andrade – Florianópolis
Lourdes Sedlacek – Blumenau
Suplentes
Aderbal da Rosa Filho (Deba) – Florianópolis
Alexsandro Vanin – Florianópolis

terça-feira, 12 de julho de 2011

O uso de uma máquina aparelhada

A atual gestão do SJSC não acredita no poder crítico dos jornalistas catarinenses. Se acreditasse imaginaria que todos os maus hábitos apontados pela categoria em campanhas eleitorais seriam facilmente identificados em seu comportamento atual. A diretoria do Sindicato dos Jornalistas está se utilizando da máquina para promover campanha em favor de sua chapa.

No último mês, a diretoria que desfiliou dezenas de jornalistas, tem se esmerado em adicionar os mesmos coleguinhas em suas redes sociais, principalmente no Facebook e no Twitter. O estranho é que jornalistas simpatizantes com a Chapa do Mós, mesmo que regularmente filiados e em dia não em sido convidados para os grupos. No site do SJSC é comum ver fotos de seu presidente em suas visitas pelo Estado em campanha!!!!! E, agora, a mais nova peripécia: Nova edição do Papel Jornal será distribuída a partir de segunda-feira, dia 11. Isso mesmo, a versão impressa dos boletins do SJSC, que até agora chegava à mão de alguns filiados, sempre com notícias já frias (mais uma regra jornalística que a diretoria tem que rever) a cada seis meses, vai dar o ar de sua graça.

Fazer campanha nos moldes recriminados pela classe é vergonhoso, mas o mais assustador é a desconsideração da capacidade crítica dos jornalistas catarinenses. Por isso também o Mós se opõe à atual gestão do SJSC.

Vamos juntos devolver a alegria e o pluralismo ao nosso Sindicato

Indicado por aclamação para presidir a Chapa do Movimento de Oposição Sindical dos Jornalistas de Santa Catarina, Valmor Fritsche disse que está animado para enfrentar a disputa e que, além de todas as frentes de luta dos jornalistas, uma missão importante é recuperar o dinamismo do SJSC. “Nosso Sindicato está carrancudo e afastado da maior parte da categoria”, declarou ao aceitar a indicação para presidir a chapa de oposição. "Além disso, a entidade precisa ampliar sua representatividade, por abarcar uma categoria heterogênea; penso que essa pluralidade tem de estar refletida na composição da diretoria, que não deve ser atrelada a interesses particulares ou estranhos à realidade da nossa profissão, como hoje, infelizmente, acontece".

Formado pela UFSC em 1986, Valmor Fritsche trabalhou em veículos como Diário Catarinense, Jornal de Santa Catarina (na sucursal da Capital), A Notícia e o extinto O Estado. Ex-professor universitário (UFSC e Estácio de Sá), ele tem experiência também em Design Gráfico e Assessoria de Imprensa, atividade desenvolvida em entidades de diversos segmentos.

Além dele, a convenção do MOS realizada no último sábado, dia 9, aberta a todos os jornalistas, indicou colegas de várias cidades do Estado para compor a chapa. Também foi realizado um intenso debate sobre os pontos do programa, que está aberto a contribuições e, posteriormente, será detalhado e distribuído nas redações, assessorias e cursos de Jornalismo em SC.

A eleição para renovar a direção do SJSC será realizada nos dias 25 e 26 de agosto. Para votar, é preciso estar em dia com a Tesouraria até o final deste mês de julho. “Vamos apresentar uma alternativa aos jornalistas e queremos a participação de todos, principalmente durante a campanha, com a construção de propostas para efetivamente mudar nosso Sindicato”, destacou o candidato do MOS.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Valmor Fritsche é o candidato da oposição à presidência do sindicato dos Jornalistas

Valmor Fristche, o Beto
O jornalista Valmor Roberto Fristche, o Beto, será candidato a presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC) pela chapa de oposição. A decisão foi tomada na convenção realizada no último sábado, dia 9 de julho. 

Organizada pelo Movimento de Oposição Sindical (MÓS), a chapa de oposição deverá pedir sua inscrição no processo eleitoral até o dia 18 de julho.

Em sua conta no Facebook, Beto falou sobre a escolha. "Muito trabalho pela frente, mas com a certeza de estar traçando um novo rumo para os jornalistas de Santa Catarina, que contemple o nosso desenvolvimento humano e profissional e resgate valores essenciais da nossa categoria deixados de lado nos últimos anos pela atual gestão do SJSC. VaMOS mudar juntos!"

Em breve, mais informações.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

CONVENÇÃO DO MÓS NESTE SÁBADO, 9 DE JULHO

Alguém pode avisar o SJSC?

Na segunda-feira, dia 5, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil reuniu-se em Brasília. Participam representantes de todas as seccionais da Ordem. Na pauta: homenagem ao Presidente Itamar, ação contra a usina nuclear Angra 3, qualidade dos cursos de direito, súmula que dispensa advogados e as Propostas de Emenda Constitucional (PECs) que resgatam a exigência do diploma para jornalistas. A OAB é muito séria em seus posicionamentos. Indica um relator e um revisor para cada processo e só delibera depois de muito debate e argumentação.
As PECs entraram na pauta da OAB a pedido do presidente da Fenaj, Celso Schroder, que em abril último solicitou ao presidente da Ordem, Ophir Cavalcante, que discutisse um posicionamento frente à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2009, extinguiu com a exigência do diploma como requisito para o registro profissional.
Pois para a surpresa e desagrado de muitos, o Conselho Federal da OAB aprovou, na sessão plenária, seu apoio à luta dos jornalistas. Tal posição reforça o movimento pela votação das PECs que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado.

O relator da matéria apreciada nesta segunda-feira foi o conselheiro federal Leonardo Accioly da Silva, de Pernambuco, que apresentou seu voto favorável. Segundo o boletim da Fenaj, a proposta foi respaldada pelas delegações de 17 estados (Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rondônia,
 
Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins). Os votos das bancadas do Acre, Paraíba e Rio Grande do Sul foram considerados nulos e a tese minoritária, de que por se tratar de matéria constitucional, a última palavra seria do STF, teve o apoio de sete delegações.

Não é qualquer coisa, essa decisão. Todos sabem da dificuldade que é enfrentar uma sentença do STF, por mais equivocada que seja, e a quantidade de advogados em todo Brasil que também se acham jornalistas por vocação.  Mas, apesar de tudo, VENCEMOS.
Grande notícia. Mas novamente completamente ignorada pela maior parte dos jornalões e sites voltados à cobertura de assuntos da imprensa. Se a decisão fosse contra as PECs: chamada no Jornal Nacional. Foi exatamente igual, em 2004, quando o mesmo Conselho apoiou, também depois de intenso debate, quase por unanimidade, o projeto do Conselho Federal dos Jornalistas. A sessão tinha a cobertura de copa do mundo. Acompanhei a reunião na condição de Presidente da Fenaj. Nunca dei tanta entrevista ao mesmo tempo. No outro dia, nem uma linha.
Pessoalmente mandei, no final da tarde da segunda-feira, a nota da decisão da OAB sobre as PECs para dezenas de endereços. Engraçado que o Comunique-se, por exemplo, ignora solenemente a pauta, mas faz questão de destacar um jornal qualquer do interior de SP contratando jornalista sem exigir o diploma. E o que é incrível é que muito colega acha essa manipulação grosseira e abjeta totalmente natural. E o mais incrível ainda é que tem Sindicato de Jornalista que também desconhece olimpicamente a decisão da OAB. Lamentavelmente é o caso do nosso Sindicato, tão eficiente na divulgação de informes de interesse duvidoso para a categoria. Muda Sindicato.
Sérgio Murillo de Andrade
Jornalista, indignado.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

OAB apóia PEC do Diploma

Brasília, 04/07/2011 - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em sua sessão plenária de hoje (04), aprovou, por maioria, o apoio da entidade à aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institua a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. Há dois anos, por oito votos a um, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional a exigência de diploma de curso superior de jornalismo para exercício da profissão.

A solicitação para que o Pleno da OAB discutisse um posicionamento da entidade frente à decisão do Supremo foi solicitado ao presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, em abril último, pelo presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Augusto Schröder. O relator  da matéria no Pleno da OAB foi o conselheiro federal Leonardo Accioly da Silva (Pernambuco), que apresentou seu voto favorável ao apoio da OAB Nacional à PEC, o qual foi acompanhado pela maioria. A sessão foi conduzida por Ophir.

Nota: O Sindicato de Santa Catarina não fez contatos com os Conselheiros da Seccional Catarinense da OAB a esse respeito.